Brasileirão 2025: decisões polêmicas do VAR reacendem debate sobre justiça no futebol brasileiro

A discussão ganhou força após o empate entre Flamengo e Palmeiras, no Maracanã, marcado por decisões contestadas e muita reclamação de jogadores e técni...

A discussão ganhou força após o empate entre Flamengo e Palmeiras, no Maracanã, marcado por decisões contestadas e muita reclamação de jogadores e técnicos

Clima de tensão e desconfiança no futebol brasileiro

As recentes polêmicas envolvendo o VAR no Brasileirão Betano 2025 reacenderam um debate antigo sobre a credibilidade da arbitragem no país. A discussão ganhou força após o empate entre Flamengo e Palmeiras, no Maracanã, marcado por decisões contestadas e muita reclamação de jogadores e técnicos. Clubes e torcedores se uniram em críticas ao atual protocolo do árbitro de vídeo.

Logo no início da partida, um lance envolvendo Gustavo Gómez e Jorginho gerou revolta no lado palmeirense. O árbitro Wilton Pereira Sampaio optou por não consultar o vídeo após contato na área, o que aumentou a insatisfação. O comentarista PC Oliveira classificou a decisão como um erro claro, apontando que o defensor do Flamengo não disputou a bola de forma legítima.

Minutos depois, o clima ficou ainda mais tenso. Em uma disputa entre Pedro e Bruno Fuchs, o atacante do Flamengo caiu dentro da área, mas novamente o árbitro preferiu não revisar o lance. Para especialistas, a falta de padronização nas decisões é o que mais prejudica a confiança no sistema de arbitragem.

Clubes pressionam CBF por revisão do protocolo do VAR

Após o jogo, a CBF divulgou os áudios do VAR, mas a transparência não foi suficiente para conter as críticas. Em nota oficial, a entidade afirmou investir em educação continuada dos árbitros e prometeu implementar o impedimento semiautomático a partir de 2026. Ainda assim, dirigentes e torcedores cobram mais clareza e autonomia dos árbitros de campo durante as partidas.

O episódio entre Flamengo e Palmeiras não é isolado. Há duas semanas, na vitória do Palmeiras sobre o São Paulo por 3 a 2, um pênalti não marcado sobre Tapia causou forte reação. A comissão de arbitragem chegou a reconhecer o erro e afastou Ramon Abatti Abel e o árbitro de vídeo Ilbert Estevam, o que reforçou a pressão por mudanças estruturais no sistema.

Segundo especialistas, o principal problema está na falta de uniformidade. Há lances semelhantes que geram interpretações completamente diferentes, o que faz com que o torcedor questione se o VAR está servindo para corrigir erros ou para gerar novos debates.

Mudanças à vista e debate político dentro do futebol

Nos bastidores, o clima é de cobrança. Grêmio, Sport e São Paulo, entre outros clubes da Série A, já se manifestaram publicamente pedindo revisão do protocolo e maior transparência nos diálogos entre o árbitro de campo e o de vídeo. A tendência é que o tema volte à pauta nas reuniões do conselho técnico da CBF antes da temporada 2026.

Em resposta às críticas, a entidade máxima do futebol brasileiro tenta mostrar que há esforços concretos para melhorar o processo. Além do impedimento semiautomático, a CBF estuda adotar árbitros FIFA em todos os jogos do VAR nas rodadas decisivas do Brasileirão Betano e da Copa do Brasil.

Apesar das promessas, a desconfiança segue grande. Para os torcedores, o problema vai além da tecnologia: é uma questão de interpretação e transparência. Enquanto o VAR continuar sendo sinônimo de polêmica, o debate sobre justiça no futebol brasileiro seguirá em evidência.