CBF anuncia novo calendário do futebol feminino com mais jogos, premiações e profissionalização até 2029
CBF apresentou o novo calendário do futebol feminino; veja tudo o que muda nas competições nacionais Um novo ciclo para o futebol feminino brasileiro A C...
CBF apresentou o novo calendário do futebol feminino; veja tudo o que muda nas competições nacionais
Um novo ciclo para o futebol feminino brasileiro
A CBF apresentou, nesta segunda-feira (24), o novo calendário do futebol feminino para o ciclo 2026–2029, destacando avanços estruturais e competitivos. A proposta amplia o número de partidas e padroniza formatos entre as divisões nacionais. Segundo o presidente Samir Xaud, a entidade busca colocar o futebol feminino em um novo patamar. “Faço questão de deixar claro que a casa do futebol brasileiro também é das mulheres”, afirmou. Ele reforçou que o planejamento segue o mesmo modelo de análise e estudo adotado no masculino.
Durante o evento, Xaud também destacou investimentos financeiros. “As mudanças apresentadas vão muito além do calendário, estamos aumentando as cotas e as premiações dos clubes de todas as competições”, disse. A CBF garantiu ainda transmissão de 100% das partidas, ampliando a visibilidade do futebol feminino. A estratégia busca consolidar o mercado, fortalecer marcas e atrair novos patrocinadores. Segundo a entidade, a transmissão integral deve impulsionar audiência, engajamento e projeção das atletas.
A temporada passará a ser aberta oficialmente em 8 de fevereiro com a Supercopa, que poderá ter jogos de ida e volta conforme negociação com os clubes. O Brasileirão A1 segue com 18 equipes e terá aumento de partidas, chegando a 167 duelos ao longo do ano. As rodadas continuarão prioritariamente aos domingos e quartas-feiras. A competição mantém duas vagas diretas na Libertadores e uma na Copa do Brasil. Pela primeira vez, os clubes da elite foram consultados para definição das datas de início.
Sede da CBF. Foto: Divulgação/CBFReformulação profunda nas Séries A2 e A3
A Série A2 será uma das competições mais modificadas, adotando grupo único com turno único, formato espelhado no A1. O número de partidas praticamente dobra, e a competição contará com 21 datas, oferecendo quatro acessos para a elite e uma vaga na Copa do Brasil. Já a Série A3 terá turno e returno na primeira fase, também ampliando jogos e calendário. Ambas as divisões tiveram aumento robusto nas cotas financeiras, reforçando o projeto de profissionalização dos clubes emergentes.
A edição feminina da Copa do Brasil também foi reestruturada. Agora, contará com 66 clubes e fases eliminatórias em ida e volta a partir das quartas de final. O acesso será escalonado conforme divisão: A3 entra na primeira fase, A2 na segunda e A1 na terceira. Os mandos e confrontos serão decididos por sorteio, buscando equilíbrio esportivo. A competição também ampliou suas premiações, com 1 milhão de reais para o time campeão e aumento progressivo por fase.
As competições de base passam a ter finais em dois jogos nos torneios Sub-20, Sub-17, Sub-16 e Sub-14. As Ligas Sub-16 e Sub-14 serão realizadas entre 23 e 29 de setembro, mantendo a vaga para a La Fiesta Conmebol. Os clubes receberão ofícios oficiais para confirmar participação e planejar logística com antecedência. Os reajustes financeiros também contemplam a base: Sub-20 e Sub-17 tiveram aumento de 10% nas premiações, fortalecendo o desenvolvimento de jovens talentos.
Transmissões completas e preservação de datas internacionais
A CBF reforçou que as transmissões serão integrais no Brasileiro A1, Copa do Brasil, Sub-20 e Sub-17, enquanto A2 e A3 terão cobertura total a partir das quartas de final. Além disso, o calendário preserva todas as Datas Fifa e competições internacionais, garantindo janela adequada para a Seleção Brasileira. A projeção é que o novo modelo entregue mais consistência organizacional, aumente a qualidade competitiva e contribua para a evolução contínua do futebol feminino brasileiro até 2029.