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Crise esquenta e São Paulo avalia transição na presidência com possível afastamento de Casares e eleição antecipada

Denúncia sobre camarotes acelera bastidores políticos e abre cenário de transição no comando do clube O São Paulo vive dias de forte turbulência políti...

Crise esquenta e São Paulo avalia transição na presidência com possível afastamento de Casares e eleição antecipada
Crise esquenta e São Paulo avalia transição na presidência com possível afastamento de Casares e eleição antecipada (Foto: Reprodução)

Denúncia sobre camarotes acelera bastidores políticos e abre cenário de transição no comando do clube

O São Paulo vive dias de forte turbulência política após a denúncia de suposta comercialização indevida de ingressos de camarote no Morumbis. O caso ganhou grande repercussão interna e externa, gerando pressão sobre a atual gestão. Nos bastidores, conselheiros já discutem caminhos para preservar a governabilidade do clube. A palavra mais ouvida é transição.

A possibilidade de afastamento de Júlio Casares passou a ser tratada com mais naturalidade entre diferentes alas do Conselho Deliberativo. Mesmo sem decisão oficial, o cenário já é considerado plausível. A avaliação é de que o clube precisa reduzir o desgaste institucional. A ideia é evitar que a crise afete o planejamento esportivo.

Dentro desse contexto, surgiu a discussão sobre quem assumiria o comando do São Paulo em caso de afastamento. O estatuto prevê a ascensão do vice-presidente Massis. No entanto, o próprio dirigente não demonstra interesse em assumir o cargo. Essa recusa abriu espaço para um novo desenho político.

Transição temporária entra no radar

Com Massis fora do páreo, o nome de Olten Ayres ganhou força nos bastidores do clube. Atual presidente do Conselho Deliberativo, ele seria uma solução de consenso para um mandato tampão. A projeção é de que Olten assumisse por cerca de dois meses. O objetivo seria garantir estabilidade administrativa.

A eventual gestão temporária teria caráter técnico e institucional, sem grandes decisões estruturais. A missão principal seria conduzir o clube durante o período mais delicado da crise. Internamente, Olten é visto como um nome agregador. Sua atuação no Conselho reforça essa percepção.

Foto: Arquivo Pessoal

Esse cenário de transição também abre caminho para um movimento ainda mais amplo. Conselheiros avaliam que a antecipação das eleições pode ser a saída mais segura. A leitura é de que um novo mandato legitimado pelo voto ajudaria a virar a página. O clima político aponta nessa direção.

Eleições antecipadas ganham força

A possibilidade de antecipar as eleições presidenciais para o primeiro semestre de 2026 cresce a cada dia. Lideranças da situação e da oposição já tratam o tema com seriedade. A ideia é reduzir o período de instabilidade e dar previsibilidade ao clube. O São Paulo busca recuperar a confiança interna.

Ainda não há um calendário definido, mas o debate está instalado. A antecipação dependerá do avanço das apurações e das decisões formais do Conselho. O entendimento é de que o momento exige respostas rápidas. A instituição aparece como prioridade no discurso dos envolvidos.

Enquanto isso, o ambiente segue de cautela e expectativa. O São Paulo tenta blindar o futebol profissional e manter o foco no Brasileirão Betano. Nos bastidores, porém, o tema político domina as conversas. Os próximos dias serão decisivos para definir os rumos do clube.