Cruzeiro sofre sem criatividade, empata com Juventude e expõe dilema “complicado” de Leonardo Jardim

Time mineiro voltou a apresentar limitações criativas no Brasileirão Betano e reforçou a dependência de Matheus Pereira Cruzeiro sente o peso das ausênci...

Time mineiro voltou a apresentar limitações criativas no Brasileirão Betano e reforçou a dependência de Matheus Pereira

Cruzeiro sente o peso das ausências

O Cruzeiro voltou a esbarrar na falta de criatividade e quase saiu derrotado do Alfredo Jaconi pelo Brasileirão Betano. Sem Matheus Pereira e também sem Carlos Eduardo, lesionado, Leonardo Jardim teve de recorrer ao retorno de Matheus Henrique após 45 dias parado. Mas o volante não conseguiu dar o ritmo necessário ao setor de criação, e a equipe sofreu muito no início da partida contra o Juventude.

O time gaúcho aproveitou os espaços deixados e marcou duas vezes na primeira etapa, com gols de Marcelo Hermes e Gabriel Taliari. As dificuldades defensivas e a pouca capacidade de articulação no meio deixaram o Cruzeiro vulnerável. A equipe parecia desconectada e sem repertório para reagir aos avanços do adversário durante boa parte do primeiro tempo.

Apenas nos minutos finais da primeira etapa o Cruzeiro conseguiu respirar. Sinisterra aproveitou uma rara jogada bem construída e descontou, abrindo uma brecha para reação. Mesmo assim, a atuação geral seguia sem encaixe e evidenciava que o plano de jogo não funcionava como Jardim esperava.

Reação veio, mas sem brilho

Na volta para o segundo tempo, Kaio Jorge empatou e reacendeu a esperança cruzeirense. O gol mudou um pouco o ambiente emocional da equipe, mas não solucionou o problema central: a falta de criatividade. O Cruzeiro teve dificuldades para criar chances claras e dependia de ações individuais ou de erros do adversário para chegar ao ataque.

A entrada de Japa no lugar de Matheus Henrique trouxe alguma mobilidade ao setor. O time ganhou mais intensidade e conseguiu se estabelecer melhor no campo ofensivo, porém sem transformar essa melhora em grandes oportunidades. O Juventude manteve controle defensivo e conseguiu neutralizar a maior parte das tentativas cruzeirenses.

Mesmo com o empate, a sensação final foi de que o Cruzeiro poderia ter produzido mais. O desempenho irregular e as escolhas forçadas pelo desfalque de Matheus Pereira expuseram novamente a dependência do camisa 10, algo que preocupa a comissão técnica para a próxima temporada do Brasileirão Betano.

Leonardo Jardim e a necessidade de reforço

Para Jardim, a partida serviu como alerta claro: quando Matheus Pereira não está à disposição, falta um articulador capaz de manter o nível criativo da equipe. A tendência é que o Cruzeiro busque um novo meia para 2026, alguém que possa dividir responsabilidades de criação e evitar que o time fique previsível ou travado diante de adversários organizados.