Kaylane assume liderança na Seleção Sub-17 e inspira nova geração: “Ser líder é ser exemplo”
Jogadora revela orgulho em representar o Brasil e usar a braçadeira de capitã Do sonho em Duque de Caxias ao mundo Com apenas 16 anos, Kaylane se tornou u...
							Jogadora revela orgulho em representar o Brasil e usar a braçadeira de capitã
Do sonho em Duque de Caxias ao mundo
Com apenas 16 anos, Kaylane se tornou um dos grandes nomes da Seleção Brasileira Feminina Sub-17. Após a vitória por 3 a 0 sobre a China, que garantiu o Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo no Marrocos, a camisa 10 encerrou o jogo com a braçadeira de capitã e o prêmio de melhor jogadora da partida. “Ter recebido a melhor jogadora da partida contra a China foi um orgulho, algo muito gratificante para mim. É um sonho de uma menina lá atrás que não imaginava viver isso aqui”, celebrou.
A jogadora revelou que a faixa de capitã foi uma surpresa e que encara o papel com seriedade. “A responsabilidade eu gosto, mas eu nunca tinha recebido antes. Estou preparada para tudo e Rilany me deu essa oportunidade. Ser líder é ser exemplo, é cuidar do ambiente dentro e fora de campo”, contou Kaylane à CBF TV. O reconhecimento reforça a confiança da comissão técnica na atleta, que vem se destacando não só pela técnica, mas também pela postura dentro do grupo.
Natural de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Kaylane começou a jogar futebol ainda criança, na escolinha fundada por seu pai, o Estrela da Primavera. “Sou uma menina muito humilde. Nasci e cresci em Duque de Caxias. Tudo o que eu sonhei lá atrás estou conquistando aos pouquinhos”, contou. A jornada da meia teve passagens pelo Boca Juniors e Fluminense, até chegar ao Flamengo, onde consolidou sua base.
Capitã da Seleção Sub-17. Foto: Fabio Souza/CBFRepresentar o Brasil é um privilégio
A atleta destaca que sua trajetória é resultado direto do esforço e do amor dos pais. “Chegar até aqui foi com muito sacrifício dos meus pais, que sempre me apoiaram. A gente pedia dinheiro emprestado para passagem, saía às cinco da manhã para eu jogar no clube. Minha mãe fazia marmita, só arroz e feijão. Meus pais sempre procuraram dar o melhor, mesmo faltando para eles”, recorda. Hoje, com o salário de jogadora, Kaylane sente orgulho em retribuir: “Consigo ajudar minha família a comprar o que precisa dentro de casa.”
Entre os sonhos de Kaylane, estão seguir evoluindo no futebol e retribuir à família o apoio de sempre. “Tenho vários sonhos. Dar o melhor para a minha família e conhecer vários países”, revela. A maturidade da jovem capitã impressiona quem acompanha de perto sua trajetória. Cada passo é uma reafirmação de que o talento, aliado à dedicação e humildade, abre caminhos no futebol feminino.
A primeira convocação de Kaylane para a Seleção aconteceu em 2023, durante a Liga de Desenvolvimento. Desde então, ela aprendeu a lidar com a pressão e o peso da camisa. “A Copa do Mundo está sendo muito importante. Estamos unidas dentro e fora de campo. Do Mundial do ano passado para esse aprendi a ser mais madura”, disse. A jovem capitã sabe que, para seguir evoluindo, é preciso coragem: “Quando a gente perde é ruim, mas por outro lado você aprende a nunca desistir.”
A maturidade de uma líder
Entre o talento e o exemplo, Kaylane se consolida como símbolo da nova geração do futebol feminino brasileiro. A camisa 10 mostra que liderança é muito mais do que uma faixa no braço, é inspirar pelo comportamento, pela entrega e pela paixão pelo jogo. Sua trajetória é uma mensagem poderosa para meninas que sonham em seguir o mesmo caminho: acreditar, persistir e liderar com o coração.