Mirassol estuda criação de equipe feminina para atender exigência da Conmebol
Com vaga na Libertadores de 2026 próxima, o Mirassol estuda criar equipe feminina ou firmar parceria com o Realidade Jovem Exigência continental Com o tim...
Com vaga na Libertadores de 2026 próxima, o Mirassol estuda criar equipe feminina ou firmar parceria com o Realidade Jovem
Exigência continental
Com o time masculino próximo de garantir uma vaga inédita na Libertadores de 2026, o Mirassol precisa agora atender a uma condição imposta pela Conmebol: possuir uma equipe de futebol feminino. A medida é obrigatória para todos os clubes que desejam disputar competições continentais. Segundo apuração do ge.globo, o clube paulista avalia diferentes caminhos para cumprir a exigência, que vai desde a criação de uma equipe do zero até a associação com um time já existente.
Entre as possibilidades estudadas, o Mirassol considera firmar parceria com o Realidade Jovem, equipe de São José do Rio Preto que disputa o Paulistão e a Copa do Brasil Feminina. O modelo seria semelhante ao que o Corinthians adotou em 2017, quando se associou ao Audax para iniciar seu projeto feminino, um movimento que anos depois se transformou em uma das histórias mais vitoriosas do futebol feminino nacional. O Leão do Interior ainda não confirmou oficialmente o acordo, mas garante que irá cumprir todos os requisitos exigidos pela Conmebol.
Desde 2018, a Confederação Sul-Americana de Futebol exige que todos os clubes participantes de torneios masculinos organizados pela entidade mantenham um time feminino, seja próprio ou associado. O regulamento faz parte do novo estatuto de licenciamento de clubes, implementado em 2016 e efetivado a partir de 2019. Segundo o documento, o clube deve prover estrutura técnica, material esportivo e suporte de infraestrutura para o desenvolvimento do futebol feminino, com participação em competições oficiais reconhecidas pelas federações nacionais.
Mirassol no Brasileirão Masculino. Foto: Vítor Silva/BotafogoTransformação no cenário sul-americano
A obrigatoriedade da Conmebol impulsionou o crescimento do futebol feminino no continente, especialmente no Brasil, onde equipes da Série A do Brasileirão passaram a investir em departamentos próprios. Clubes como Flamengo, Palmeiras e Grêmio estruturaram elencos competitivos, revelando talentos e fortalecendo a modalidade. O movimento agora se estende a times emergentes, como o Mirassol, que busca unir sustentabilidade e modernização em seu planejamento estratégico.
A temporada de 2025 tem sido uma das mais marcantes da história do Leão. A equipe figura no G4 do Campeonato Brasileiro, com 56 pontos em 31 rodadas, à frente de gigantes como São Paulo e Botafogo. São 15 vitórias, 11 empates e apenas cinco derrotas, desempenho que coloca o clube em posição de disputar a Libertadores pela primeira vez. O sucesso dentro de campo reforça o desafio de expandir o projeto institucional, incluindo o investimento no futebol feminino.
Com a possibilidade concreta de disputar o principal torneio do continente, o Mirassol já se mobiliza para atender às novas demandas estruturais. A diretoria estuda o modelo mais viável para criar ou integrar uma equipe feminina a partir de 2026. A tendência é que o projeto envolva categorias de base e participação em competições estaduais e nacionais, seguindo o modelo exigido pela Conmebol. O clube também avalia parcerias locais que facilitem o processo de implementação.
Crescimento e compromisso com a modalidade
A iniciativa representa mais do que uma obrigação administrativa: é um passo estratégico rumo à modernização e inclusão no futebol. A entrada do Mirassol no cenário feminino amplia o alcance da modalidade no interior paulista e reforça a importância da igualdade de oportunidades dentro do esporte. A expectativa é que, a exemplo de outros clubes, o Leão do Interior utilize o projeto para fortalecer sua identidade e contribuir com o desenvolvimento do futebol feminino no país.