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Os caminhos do São Paulo para virar sobre o Corinthians e buscar a final do Paulistão

Análise detalha ajustes, estratégias, números e o que o Tricolor deve fazer para buscar a vaga na final Equilíbrio no jogo de ida O São Paulo chega par...

Os caminhos do São Paulo para virar sobre o Corinthians e buscar a final do Paulistão
Os caminhos do São Paulo para virar sobre o Corinthians e buscar a final do Paulistão (Foto: Reprodução)

Análise detalha ajustes, estratégias, números e o que o Tricolor deve fazer para buscar a vaga na final

Equilíbrio no jogo de ida

O São Paulo chega para o jogo de volta das semifinais do Paulistão Feminino precisando reverter a derrota por 2 a 1 sofrida para o Corinthians no Majestoso. Apesar do revés, o desempenho mostrou que o confronto segue totalmente aberto. A igualdade nos indicadores: 50% de posse para cada lado e equilíbrio nas finalizações, 16 x 13, segundo o Sofascore evidencia o duelo parelho. A equipe criou mais oportunidades, atacou pelos lados e encontrou espaços com infiltrações. No entanto, a falta de precisão nas conclusões cobrou seu preço em um clássico de alto nível.

O Tricolor produziu bastante, mas pecou no momento decisivo. Das 16 finalizações, apenas 5 foram no alvo, além do pênalti desperdiçado por Karla Alves, que poderia ter mudado o andamento da partida. Enquanto isso, o Corinthians aproveitou melhor suas chegadas, acertando 7 finalizações e marcando duas vezes com Jhonson, explorando a fragilidade são-paulina nos duelos físicos, perdidos por 52% a 48%. O gol de Crivelari manteve viva a esperança e reforçou a capacidade do time de reagir. A equipe também registrou 13 interceptações, mas ainda precisa ajustar a recomposição.

A parte defensiva exige atenção máxima para o jogo na Neo Química Arena, nesta quinta-feira (4), às 21h30. Carlinha vive excelente fase e terá papel crucial na leitura das jogadas para conter a intensidade corintiana. A dupla Kaká e Carol Gil precisa ser mais agressiva nas disputas aéreas, setor que gerou desconforto no confronto anterior. Fechar os espaços entrelinhas também será indispensável para evitar infiltrações que deram origem aos gols rivais. O desafio é equilibrar solidez defensiva e capacidade de sustentar pressão alta.

Majestoso na semifinal. Foto: Marlon Costa/AGIF

Estratégia tricolor para virar a semifinal

No ataque, o São Paulo deve apostar em transições rápidas para escapar da marcação forte das Brabas. A velocidade de Isa Guimarães desponta como arma fundamental, enquanto Vitorinha pode alterar o ritmo no segundo tempo com aceleração pelos corredores. No meio-campo, Aline Milene e Camilinha precisam ser acionadas com mais protagonismo, garantindo fluidez e criação com passes incisivos. Crivelari, como referência, será vital para segurar a bola, gerar profundidade e finalizar com precisão. O ajuste fino do setor ofensivo pode ser determinante.

A virada é possível, e os jogos da temporada reforçam isso. Pressionar alto, como no 3 a 1 pela Copa do Brasil, pode desconfortar a saída de bola corintiana. Em clássicos equilibrados, como os empates 2 a 2 e 1 a 1, o Tricolor demonstrou controle emocional. A vitória por 2 a 1 no Paulista, com amplitude e velocidade, aponta um caminho promissor. Além disso, a Supercopa com empate em 0 a 0 e vitória nos pênaltis mostrou que o São Paulo sabe competir em jogos grandes. O histórico recente alimenta a confiança.

O duelo entre os rivais em 2025 mostra um cenário de forças niveladas. O São Paulo soma duas vitórias no ano, 2×1 no Paulista e 3×1 na Copa do Brasil, além de três empates em duelos decisivos. O Corinthians, por sua vez, venceu três vezes, incluindo confrontos no Brasileiro e no Estadual. Essa alternância nos resultados evidencia a imprevisibilidade do clássico e reforça que nenhum dos lados chega com favoritismo absoluto.

O que o São Paulo precisa fazer

Para chegar à final, o São Paulo precisa transformar volume em contundência. Subir a linha com sincronia, proteger melhor as costas das defensoras e ser mais cirúrgico nas finalizações são pontos indispensáveis. O time mostrou repertório ofensivo, posse qualificada e capacidade de competir de igual para igual no jogo de ida. Agora, precisa aliar desempenho a eficácia, sobretudo nas bolas paradas e transições. Se corrigir os detalhes decisivos, o Tricolor tem condições reais de buscar a virada e sonhar com a vaga na final.