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Sampaoli vira trunfo do Atlético-MG na decisão da Sul-Americana contra o Lanús

O país acumula três vice-campeonatos seguidos e, por isso, a pressão sobre o Galo é ainda maior O Atlético-MG entra em campo nesta tarde de sábado (22) p...

Sampaoli vira trunfo do Atlético-MG na decisão da Sul-Americana contra o Lanús
Sampaoli vira trunfo do Atlético-MG na decisão da Sul-Americana contra o Lanús (Foto: Reprodução)

O país acumula três vice-campeonatos seguidos e, por isso, a pressão sobre o Galo é ainda maior

O Atlético-MG entra em campo nesta tarde de sábado (22) para enfrentar o Lanús com a responsabilidade de buscar não apenas um título internacional, mas também de encerrar a fase recente de insucessos dos clubes brasileiros na Copa Sul-Americana. O país acumula três vice-campeonatos seguidos e, por isso, a pressão sobre o Galo é ainda maior.

Nos últimos três anos, a competição se transformou em um território hostil para equipes do Brasil. A série negativa começou em 2022, quando o São Paulo foi derrotado por 2 a 0 pelo Independiente del Valle na final disputada em Córdoba, na Argentina.

Em 2023, o Fortaleza viveu drama semelhante: empatou por 1 a 1 com a LDU, em Punta del Este, mas acabou perdendo o título nos pênaltis. A sequência de frustrações continuou em 2024, quando o Cruzeiro encontrou um Racing dominante e foi derrotado por 3 a 1 em Assunção.

Existe ainda o vice do Bragantino em 2021, mas esse caso não entra no chamado “jejum”, já que a derrota foi contra um compatriota, o Athletico-PR, em uma decisão brasileira.

Jorge Sampaoli tecnico do Atletico-MG durante partida contra o Fortaleza no estadio Arena MRV pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Gilson Lobo/AGIF

Conquista vai significar alívio

Para o Atlético-MG, levantar a taça seria mais do que um feito esportivo: seria um alívio em meio a uma temporada turbulenta. O título estadual conquistado no começo do ano não compensou os conflitos internos e a irregularidade que marcaram o restante do calendário. Até mesmo a trajetória na própria Sul-Americana foi cheia de tensão.

O time quase foi eliminado ainda nos playoffs das oitavas, avançando apenas nos pênaltis diante do Atlético Bucaramanga, da Colômbia. Mais à frente, nas quartas de final, o drama quase se repetiu, mas um gol no último minuto contra o Bolívar evitou nova disputa de penalidades.

Nesse contexto, o técnico Jorge Sampaoli surge como um trunfo precioso. De volta ao clube nesta temporada, o argentino conhece a Sul-Americana como poucos e tem nela uma página marcante da própria carreira: a conquista de 2011, pela Universidad de Chile, que o projetou internacionalmente.

O título também é vital para o futuro do Galo, já que garante vaga direta na fase de grupos da próxima Libertadores — a rota pelo Brasileirão é mais difícil, pois o time ocupa a décima posição e está a sete pontos do Fluminense, primeiro clube dentro do G7.

O Lanús, adversário da decisão, é um velho conhecido de brasileiros em finais. Em 2013, o time argentino derrotou a Ponte Preta e conquistou seu segundo título continental, reforçando a fama de pedra no sapato. No entanto, viveu frustrações recentes: perdeu a Libertadores de 2017 para o Grêmio e, em 2020, foi superado pelo Defensa y Justicia na final da Sul-Americana.

Atlético-MG e Lanús se enfrentam hoje, às 17h (de Brasília), no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, em partida única que definirá o campeão da Copa Sul-Americana.