Santos x Palmeiras: clássico expõe disparidade entre equipes que disputaram a final da Libertadores em 2020
Rivais da final continental de 2020 vivem realidades opostas e chegam ao clássico separados por grande diferença estrutural, financeira e esportiva Santos x ...
Rivais da final continental de 2020 vivem realidades opostas e chegam ao clássico separados por grande diferença estrutural, financeira e esportiva
Santos x Palmeiras: clássico que expõe disparidade entre equipes atualmente
Santos e Palmeiras se enfrentam neste sábado (15), pelo Brasileirão, em cenários totalmente distintos. O Peixe tenta evitar o segundo rebaixamento à Série B em três anos, enquanto o Alviverde busca manter a liderança e chegar embalado à final da Libertadores, marcada para o fim do mês.
A distância atual entre os rivais impressiona e contrasta com o passado recente. Há apenas quatro anos, as duas equipes decidiram a Libertadores de 2020, em final disputada no Maracanã em 2021 por conta da pandemia de Covid-19. Hoje, porém, vivem extremos na elite do futebol brasileiro.
O Bolavip Brasil levantou três indicadores que ajudam a explicar a separação entre os clubes ao longo dos últimos cinco anos. Em 2020, Santos e Palmeiras apareciam relativamente próximos. Agora, o abismo financeiro, estrutural e esportivo é evidente.
Evolução financeira e esportiva
Um dos pontos mais marcantes dessa disparidade está na formação de jogadores. Em 2020 e 2021, Santos e Palmeiras tiveram arrecadações semelhantes com a venda de atletas da base: R$57 milhões para o Peixe e R$45 milhões para o Alviverde. Mas, enquanto o time alviverde acelerou seu desenvolvimento, o santista enfrentou irregularidades.
Como resultado, entre 2020 e 2025, o Palmeiras somou R$1,3 bilhão em vendas da base, contra R$551 milhões do Santos. Isso significa uma diferença de R$749 milhões a mais para o clube palestrino, que hoje colhe os frutos de um sistema formador consolidado.
No último duelo entre as equipes, pelo Brasileirão, o Palmeiras venceu com dois gols de Vitor Roque. Foto: Anderson Romão/AGIFOutro indicador que ilustra caminhos distintos é o programa de sócio-torcedor. Em 2020, o Santos contava com 29 mil torcedores adimplentes, enquanto o Palmeiras tinha 70 mil. De lá para cá, o Peixe evoluiu, chegando a 67 mil associados. O Palmeiras, porém, explodiu para 184 mil, ganhando 76 mil sócios a mais.
A diferença também aparece no valor de mercado dos elencos. Em 2020, o Palmeiras valia R$539 milhões, contra R$248 milhões do Santos. Cinco anos depois, o elenco alviverde disparou para R$1,3 bilhão, enquanto o santista está avaliado em cerca de R$507 milhões. No clássico deste sábado, o Palmeiras terá um grupo R$793 milhões mais valioso.