São Paulo freia sonho de medalhão para 2026, vive aperto financeiro e aposta em ajustes cirúrgicos no elenco

Clube admite crise financeira, descarta grandes investimentos e vê em Crespo o nome-chave para reconstrução gradual Planejamento sob controle e caixa curto ...

Clube admite crise financeira, descarta grandes investimentos e vê em Crespo o nome-chave para reconstrução gradual

Planejamento sob controle e caixa curto

A diretoria do São Paulo já tomou uma decisão importante pensando na temporada de 2026. Em meio a uma grave crise financeira, o clube descarta investir em reforços de peso e deve atuar no mercado de forma cautelosa, priorizando contratações pontuais para setores específicos do elenco.

Internamente, o entendimento é de que não há margem no orçamento para movimentos agressivos na próxima janela. A prioridade passa a ser o equilíbrio das contas, a recuperação de atletas do elenco atual e a busca por soluções mais baratas, seja por oportunidades de mercado ou pela base.

Mesmo com limitações financeiras, a vitória por 3 a 0 sobre o Internacional, pela 37ª rodada do Brasileirão Betano, mostrou um time competitivo. Sabino, Maik e Luciano marcaram os gols na Vila Belmiro e deram força ao discurso de evolução com o que já existe no elenco.

Crespo admite dificuldades e projeta reconstrução

Após a partida, o técnico Hernán Crespo foi sincero ao falar sobre o momento do clube e os desafios que vêm pela frente. O treinador deixou claro que sabe do cenário difícil, mas reforçou que seu foco é trabalhar para melhorar o time passo a passo, sem promessas irreais.

Crespo destacou o peso emocional do cargo e afirmou que sua missão é ajudar o São Paulo a se reorganizar. Segundo ele, o trabalho atual pode facilitar o caminho para futuros treinadores, desde que o clube consiga estancar os problemas e evitar retrocessos esportivos.

O treinador também falou sobre a relação com a torcida, reconhecendo o direito de cobrança, mas reforçando que o objetivo principal é devolver competitividade e orgulho ao torcedor, mesmo em meio às limitações financeiras.

Competitividade sem prometer milagres

Ao projetar 2026, Crespo foi direto ao dizer que não sabe qual será o caixa do São Paulo. O técnico deixou claro que não participa das decisões financeiras, mas reforçou que, independentemente da competição continental, o time precisa ser competitivo até o fim.

Ele afastou comparações com o São Paulo dominante dos anos 90 e pregou um caminho mais realista. Para Crespo, a reconstrução passa por pequenos avanços, redução de erros e, principalmente, evitar que as dificuldades enfrentadas nesta temporada voltem a se repetir.

A diretriz é clara: nada de dar passos maiores que a perna. O São Paulo quer evoluir, controlar danos e construir um cenário mais saudável, dentro e fora de campo, apostando em trabalho, organização e escolhas mais seguras no mercado.