São Paulo perde batalha final e paga bolada milionária a ex-ídolo Leandro após anos de processo trabalhista
Tricolor quita quase R$ 2 milhões a Leandro “Guerreiro” e encerra disputa judicial iniciada em 2010 Acerto Final Após Longa Disputa O São Paulo acert...
Tricolor quita quase R$ 2 milhões a Leandro “Guerreiro” e encerra disputa judicial iniciada em 2010
Acerto Final Após Longa Disputa
O São Paulo acertou, nos últimos dias, o pagamento de uma indenização milionária ao ex-atacante Leandro, conhecido pela torcida como Leandro “Guerreiro”. O depósito marca o fim de uma ação judicial iniciada em 2010, que se arrastava havia mais de uma década nos tribunais trabalhistas. O clube não tinha mais possibilidade de recurso.
O valor total pago pelo Tricolor foi de R$ 1.960.920,27, envolvendo valores que estavam penhorados em um processo ligado à pensão alimentícia. A quitação ocorreu após decisão definitiva da Justiça, obrigando o clube a cumprir integralmente a condenação imposta ao longo do processo.
Leandro defendeu o São Paulo durante os títulos do Brasileirão Betano de 2006 e 2007, período no qual se tornou figura respeitada internamente. A indenização envolve justamente competições disputadas nesse ciclo vitorioso, aumentando o peso simbólico do acordo para o clube.
Origem Da Ação Trabalhista
A reclamação trabalhista foi movida pelo ex-jogador para cobrar valores referentes ao direito de arena. Leandro alegou ter recebido apenas 5% do montante, quando a legislação vigente à época previa o pagamento de 20% aos atletas pelas transmissões das partidas.
Na ação, o ex-atacante solicitava a diferença dos Campeonatos Paulista e Brasileiro de 2006 e 2007, além de valores referentes às competições internacionais. Entraram no cálculo jogos da Libertadores de 2006 e 2007 e da Copa Sul-Americana de 2007.
São Paulo em 2025. Foto: Ettore Chiereguini/AGIFO São Paulo se defendeu alegando existir um acordo firmado em 2000 entre o Clube dos Treze e o Sindicato dos Atletas. A diretoria sustentava que esse entendimento tornava legal o repasse de apenas 5%, tese que foi rejeitada pelas instâncias judiciais.
Decisão Final Irreversível
Após decisões desfavoráveis em São Paulo, o clube levou o caso ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. Em 2017, os ministros da Quinta Turma decidiram de forma unânime manter a condenação ao pagamento integral dos valores cobrados pelo atleta.
Mesmo com a alteração da Lei Pelé em 2011, que reduziu o percentual mínimo do direito de arena para 5%, a Justiça entendeu que a mudança não poderia ser aplicada retroativamente. Assim, valeu a regra vigente no período em que os jogos foram disputados.
Sem novas brechas jurídicas, o São Paulo foi obrigado a quitar o valor nos últimos dias. Internamente, o clube considera o caso encerrado e contabiliza a indenização como mais um passivo histórico herdado de gestões anteriores.
Carreira E Encerramento Do Caso
Aos 45 anos, Leandro está aposentado desde 2016, quando atuou pela Catanduvense. Ao longo da carreira, passou por clubes como Corinthians, Vasco, Fluminense, Grêmio, Goiás e Fortaleza, além de experiências no futebol japonês e russo.
No Morumbis, o ex-atacante marcou seu nome como peça importante dos elencos bicampeões nacionais. O desfecho do processo traz alívio jurídico ao São Paulo, mas também reforça o impacto financeiro de ações antigas que ainda pesam no orçamento.
Com o pagamento realizado, a diretoria considera a pendência definitivamente resolvida. O clube agora tenta focar na gestão futura, buscando evitar novas ações desse tipo e melhorar o controle jurídico e financeiro nos próximos anos.