Seleção consolida espinha dorsal e Ancelotti define nove titulares para a Copa
Seleção ganha corpo e treinador admite fim dos testes até a Copa A vitória sobre Senegal, na tarde do último sábado (15), reforçou a sensação de que C...
Seleção ganha corpo e treinador admite fim dos testes até a Copa
A vitória sobre Senegal, na tarde do último sábado (15), reforçou a sensação de que Carlo Ancelotti já tem uma espinha dorsal preparada para a Copa do Mundo de 2026.
A poucos meses do torneio, a Seleção Brasileira saiu de Londres com a ideia de que ao menos nove titulares estão definidos. No Emirates Stadium, o técnico colocou em prática dois testes importantes, e ambos passaram pela avaliação da comissão.
Éder Militão recebeu elogios
A principal novidade foi a utilização de Éder Militão como lateral-direito, papel que ele já havia desempenhado em outros momentos, mas nunca com tanta responsabilidade ofensiva e defensiva.
O experimento se somou à manutenção de um ataque mais leve, com quatro peças adiantadas e sem um centroavante fixo, fórmula que já havia rendido a goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul. Contra Senegal, o sistema voltou a funcionar com naturalidade.
Militão respondeu ao desafio atuando como um defensor extra quando o time perdia a bola e como alternativa de construção quando avançava. Em um dos momentos de maior empolgação do primeiro tempo, arrancou aplausos ao aplicar um chapéu em um adversário. Já nos minutos finais da etapa, bloqueou um chute perigoso que ia em direção ao gol.
“O Militão está em uma condição espetacular, física e mentalmente. Creio que dois anos sem jogar o amadureceram muito no aspecto mental. Com essa atitude, ele pode jogar em todas as posições na defesa. Como lateral-direito, ele foi muito bem. A equipe estava muito sólida atrás e estamos satisfeitos com isso”, avaliou Ancelotti após o amistoso.
Carlo Ancelotti tecnico do Brasil durante partida contra o Chile no estadio Maracana pelo campeonato Eliminatorias Copa Do Mundo 2026. Foto: Thiago Ribeiro/AGIFQuais os setores que ainda estão indefinidos?
Agora, restam apenas dois setores indefinidos para um time-base: a lateral esquerda, disputada por Alex Sandro e Douglas Santos, e uma vaga no ataque, que depende da recuperação de Raphinha. No gol, a volta de Alisson, ainda lesionado, recolocará o jogador do Liverpool na meta.
Assim, a estrutura imaginada por Ancelotti conta com Alisson; Éder Militão, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Alex Sandro (ou Douglas Santos); Casemiro, Bruno Guimarães; Matheus Cunha, Estevão, Rodrygo (ou Raphinha) e Vini Jr.
“Creio que já tinha a espinha dorsal desde antes do jogo de hoje. Óbvio, pouco a pouco, como vamos chegando nos aproximando da Copa do Mundo, vamos tendo uma ideia mais clara. Como disse na data de outubro, que alguns testes acabaram, e agora seguimos com uma linha mais reta para chegar bem à Copa do Mundo“, completou o treinador.
O setor ofensivo voltou a funcionar com fluidez. Rodrygo e Vini Jr. alternaram posições, Estevão foi incisivo pelo lado direito e Matheus Cunha deu profundidade atuando por dentro. A dinâmica entre os quatro criou movimentos constantes de aproximação e troca de funções.
Próximos passos
A Seleção terá apenas mais dois amistosos antes da convocação final e enfrentará França e Croácia, em março, nos Estados Unidos. Contra a Tunísia, nesta terça, a tendência é que Fabinho ganhe minutos para ser observado como substituto de Casemiro. Vitor Roque, chamado pela primeira vez por Ancelotti, também deve receber oportunidade.